quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Livro X Filme: Água Para Elefantes

(ESTE POST PODE CONTER SPOILER)

Sinopse Livro: Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora.

Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento – o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.
É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.


Sinopse Filme: Jacob Jankowski (Hal Holbrook) já passou dos 90 anos e não consegue esquecer seus momentos da juventude nos anos 30, período difícil da economia americana, que o levou a trabalhar num circo. Foi lá, enquanto era jovem (Robert Pattinson) e um ex estudante de Veterinária, que ele conheceu a brutalidade dos homens com seus pares e também com os animais, mas encontrou a mulher por quem se apaixonou. Marlena (Reese Whiterspoon) era a Encantora dos Cavalos, a principal atração e esposa do dono do circo: August (Christoph Waltz) um homem carismático, mas extremamente perigoso quando suas duas paixões estavam em jogo. (RC)


RESENHA
          Jacob Jankovski tem 90 anos (ou 93, como ele sempre diz) e se recusa a envelhecer. Ele detesta ser tratado como se não fosse ‘normal’ e a cada dia fica mais revoltado com o tratamento e, principalmente, com a ‘comida de velho’ da casa de repouso. Todas as vezes que se olha no espelho, procura aquele jovem ruivo e ‘quase’ veterinário de 23 anos.  Com a chegada do circo na cidade, com o alvoroço que o mesmo proporciona na casa e, principalmente, com as mentiras que um dos residentes conta sobre o circo, Jacob passa a lembrar (cada vez mais) da sua época de juventude. A época em que foi parar no trem do circo Irmãos Benzini, acidentalmente (literalmente).



     No dia em que faria a prova final da faculdade, recebe a notícia do acidente de carro dos seus pais. Após reconhecer os corpos e descobrir que não tem herança para receber, ele fica perdido e sem saber o que fazer. Ele fica tão desolado, que sai vagando pela  cidade durante horas. Lá pelas tantas, ouve um trem se aproximando. Dá a louca nele, e ele consegue subir no trem em movimento.
     No dia seguinte, percebe que é um circo e começa a se virar pra permanecer vivo. Até que descobrem seu quase diploma, e o sobem de cargo. A partir de então, se aproxima do pior cara do circo e também da esposa dele.
     O livro tem tantos detalhes, mas tantos detalhes que é quase possível sentir-se trabalhando juntamente com os personagens.  É devido a essa ‘fortuna’ de descrições que a magia do amor acontece, realmente, lá pela metade do livro. No auge da crise nos Estados Unidos, quando Jacob (ainda virgem) começa a se apaixonar por Marlena e pela, até então, burra elefanta (Rosie) que, finalmente, resolveu aparecer (Aleluia!Estava quase achando que não haveria elefante no livro! =D).
     Após algum tempo de tortura com a coitadinha, por acreditarem que era um animal tapado, Jacob descobre que ela entende apenas polonês (sua língua de berço). Facilitando a vida de todo mundo. E, dando ainda mais espaço para o amor.
    Dando vazão aos sentimentos, o casal proibido se vê num dilema, um dos grandes que pode trazer grandes problemas para as pessoas com os quais eles acabaram afeiçoando-se.
       O nome do livro (creio eu) deve-se justamente ao “Velho Mentiroso McGuinty” (parece um dos sanduíches do McDonald’s) que insiste em dizer que ao trabalhar no circo, levava água para os elefantes o que logo mostra que ele pouco conhece do animal.
       A história é muito boa, principalmente por ser um universo pouco explorado (por mim, pelo menos), e indico para maiores de 18 anos. Por que? Óbvio. Algumas cenas são inadequadas para menores. Mas claro alguns menores podem ser bem mais maliciosos do que alguns adultos, então fica a critério de cada um (não me responsabilizo).
      A autora escreveu o livro com base nos estudos que fez. Visitou museus de circos, folheou livros de imagens e também fez visitas ao zoológico acompanhada de um dos ex-tratadores de elefantes. O livro é dedicado a dois elefantes em especial que marcaram a história do circo. Topsy (que matou o domador e foi executada) e Old Mom (que só entendia alemão).
     Quanto ao filme, como o esperado, não é exatamente igual ao livro. Assim como a grande maioria das adaptações. Apenas com a leitura de ambas as sinopses, percebemos algumas mudanças como a do August (o chefe do setor de animais) que se tornou o dono do circo. Além desta, temos Jacob jovem, que é completamente ruivo no livro, e Marlena, que possui cabelo castanho claro (não loiro desbotado), a cena do sacrifício do cavalo (Silver Star) foi modificada, a da aproximação da elefanta também. Mas nada que prejudique o filme.
    Para não prolongar muito o filme, o diretor pula praticamente metade do livro e então chegar na parte que realmente interessa. Achei bem prático. As falas do livro estão praticamente todas no filme. Apesar, das mudanças, o filme é um drama muito bom.
     Confesso que tinha uma certa resistência e preconceito com livros de romance, porém, a história é rica e interessante. Foi justamente este livro, juntamente com o filme, que me despiu de pensamentos pobres e fúteis. Foi através desta obra, que minha mente se abriu para explorar novos horizontes.
    Obrigada Sara Gruen por me proporcionar este universo. (E obrigada Juliana Ferreira, por me dar o livro).



- Náàh.Lêêh

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